Caminhos
tortuosos, becos sem saída, caminhando contra o vento, nadando contra maré, mas
sempre tentando...
Ando, ando, tropeço, levanto, ando, tropeço,
levanto, ando... Ciclo interminável. Que capacidade de se auto regenerar! Mas até
quando toda essa magia vai durar? Até quando a chama vai continuar brilhando? E
se nunca houve chama, apenas um ente insistente? O que vai ser dessa vela? Um
dia essa cera há de se esgotar. E não é por falta de tentativa... Há quem não
está interessado, mas, mesmo não desejando, a sorte procura. Aquele que mais
precisa é ignorado, recebe pedras como alimento. E quando está por perto está
distante de tudo, pois não há verdade nos relacionamentos. Sorrisos protocolares.
Ando, participo, jogo o jogo, tropeço, sinto as dores, levanto... já não há
mais ossos na face para serem destroçados. É alucinógeno. A música que toca é
alegre, mas a poesia vem do subsolo... A porta está trancada.
FIM... ou não.